A Condenação Pelo Orgulho
- Joceli Luiz Padilha
- 7 de mar. de 2017
- 3 min de leitura
O Seu orgulho o enganou. Você vive nas cavernas das rochas,
lá no alto das montanhas, e por isso pensa assim: Ninguém é capaz
de me derrubar daqui. Ainda que você voe alto como águia e faça
o seu ninho entre as estrelas, eu o derrubarei dali.
Obadias 1:3-4
Não importa em qual área da nossa vida, sempre haverá uma em que nós nos consideramos “o cara”, o “rei do pedaço”, nada nos atinge, e ao nos compararmos com os outros somos os melhores, os tais... Tudo está sob o nosso controle e nada vai abalar a nossa confiança. O que mais pode dar errado?
Ai, quando a gente menos espera vem o dia mau e nos “tira o chão”. Entramos em desespero, pois não sabemos como agir, estamos fora da nossa zona de conforto e surge um conflito interno de lutar com nossas forças ou aceitar a ajuda de Deus. Parece-nos muito mais racional usarmos o nosso intelecto, o nosso conhecimento, pois chegamos até ali “sem” Deus...

O orgulho fala mais alto.
Como diz na passagem acima o orgulho nos engana. Seguimos o nosso coração, e o resultado é fracasso e frustração. Ficamos rodando no deserto, cegos, procurando uma solução humana, e ainda reclamamos que Deus não esta facilitando.
Nesta passagem, vemos Deus entregar a Obadias uma mensagem tremenda, direcionada ao povo de Edom, povo este que são os descendentes de Esaú, irmão gêmeo de Jacó, filhos de Isaque com Rebeca. Para quem já leu esta história bíblica, sabemos que Jacó enganou Esaú, e precisou fugir da casa de seus pais, para não ser morto pelo irmão. Passou mais de 20 anos, mas não foi suficiente para curar a ferida. Jacó voltou rico e com numerosa família, mas temeu encontrar o irmão. Por providência divina, Deus salvou Jacó no caminho para sua terra e mudou o coração de Esaú. Aquele encontro, que poderia ser trágico, foi transformado numa festa de reconciliação. Eles se abraçaram e restauraram a sua relação.
Esaú perdoa seu irmão Jacó, mas seus descendentes não. Aqui a gente percebe as consequências do pecado, influenciando as demais gerações, mesmo havendo a reconciliação entre os irmãos. Por orgulho o povo de Edom não perdoava o povo de Judá e de Israel, pelo contrário, eles maltratavam e matavam os descendentes de Jacó.
Esta atitude do povo de Edom desagradou a Deus, e o povo é completamente destruído, permanecendo neste lugar até os dias de hoje habitado por animais selvagens, e suas casas esculpidas na rocha servem para passeios turísticos. O orgulho deste povo foi a sua condenação.
Eu fui levado ao deserto, por achar que meu casamento era perfeito, eu podia pecar, e deixar as brechas abertas, pois estava na igreja. Não ouvi os avisos de Deus. No deserto por vários momentos, eu questionei Deus, eu lutei contra a vontade Dele. O meu orgulho não aceitava as coisas de Deus, eu queria do meu jeito, pois a única saída para o meu casamento, era o meu intelecto, a minha inteligência. Quando eu me rendi aos seus pés, os milagres começaram a acontecer, até o dia de hoje não houve a restauração do meu casamento, mas nas demais áreas da minha vida Deus esta me agraciando com suas bênçãos. Hoje restaurado, curado e transformado sirvo verdadeiramente a Jesus.

Queridos irmãos, devemos abrir mão do nosso orgulho, e reconhecer que somos dependentes de Deus, nos render totalmente a Cristo e nos humilharmos na sua presença, Ele promete transformar nossas vidas, agindo onde a gente esta (II Cr. 7.14).
É através de um coração humilde que somos alcançados pelo bem maior que Jesus nos deu na cruz, a sua Graça (Tg 4.6). Pela Graça somos levados ao deserto onde estaremos sendo moldados e transformados em Cristãos genuínos.
Porém se mesmo no deserto ainda teimamos com Deus, voltamos a acreditar naquilo que enxergamos nossa situação não vai mudar e ficaremos dando voltas em torno da montanha e corremos o risco de ficar condenados no deserto por falta de humildade.
Deus nos pede para confiar e segurar a mão Dele, o segredo para vencer o deserto esta em seguir os seus passos, Jesus venceu o deserto. O nosso caráter será transformado, curado e moldado conforme sua doce e agradável vontade.
Entregue-se!
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